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Publicado em dez 11, 2014 em Notícias, Ver tudo

Ilha de calor em Londrina: Pontos quentes da cidade

 
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Um estudo conduzido pela UTFPR com apoio financeiro da Fundação Araucária e CNPq está realizando o mapeamento do campo de temperatura do ar na cidade de Londrina. Uma rede de 10 sensores de temperatura e umidade do ar espalhados pela cidade obtêm dados com uma freqüência de 1 minuto, com o objetivo de estabelecer relações entre o processo de urbanização e o aumento da temperatura do ar no perímetro urbano. Os resultados preliminares indicam uma diferença de até 2 °C entre a região central da cidade (por exemplo, Rua Belo Horizonte e Biblioteca Central) e o campus da Universidade Estadual de Londrina (UEL).

A Rua Belo Horizonte, por exemplo, é uma rua pavimentada, possui pouco verde, e seu solo é tomado por prédios e casas. O concreto, os tijolos e o asfalto absorvem a radiação solar transformando-a em calor sensível (ao invés de calor latente) e desta forma aumentam a temperatura do ar adjacente. Mesmo após o anoitecer esses materiais continuam liberando energia e aquecendo o ar noturno, em um processo similar ao de um radiador de calor. A sede do IATE Clube, às margens do Lago Igapó, e o campus da UEL, no entanto, são pontos da cidade que apresentam grande densidade de vegetação e água ao seu redor, sendo caracterizados por temperaturas amenas. Ao contrário das edificações e do asfalto, a vegetação, o solo úmido e corpos d’água absorvem radiação solar e a utiliza primeiramente nos processos de evaporação e transpiração. Ou seja, nas áreas verdes, os raios solares provocam a evaporação da umidade das plantas e do solo e isso contribui para que a temperatura do ar não se eleve de forma tão intensa como em regiões com asfalto.

Um dos objetivos do estudo é fornecer subsídios científicos a programas de urbanização nos quais a preservação e criação de áreas verdes sejam priorizadas, melhorando assim a qualidade de vida da população de conglomerados urbanos. A Organização das Nações Unidas (ONU) estima que, no século XXI, cerca de 80% da população mundial estarão nas cidades grandes. Hoje, 50% dos habitantes da Terra estão em áreas urbanizadas. No Brasil esse número chega a 70% do total. O experimento seguirá até a primeira semana de agosto. Uma nova campanha de medições será realizada no período de verão 2011-2012.

 
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Coordenador do Projeto: Prof. Admir Créso Targino

Execução: Guilherme Conor Coraiola, Lucas M. Chernev, Dra. Patricia Krecl