Arborização, vale a pena!
Em 2014, realizamos uma pesquisa na cidade de Londrina e identificamos que a temperatura do ar no centro pode atingir até 6 ºC a mais do que em regiões arborizadas, como o câmpus da Universidade Estadual de Londrina (UEL).
Os detalhes desse fenômeno, conhecido como Ilha de Calor Urbana, foram publicados em um estudo liderado pelo Prof. Admir Créso Targino no períodico Theoretical and Applied Climatology.
Recentemente o fenômeno foi revisitado no trabalho de TCC de Guillherme Coraiola. Guilherme identificou medidas mitigadoras para o fenômeno e sua viabilidade de implantação em cidades já desenvolvidas, como Londrina. O estudo, intitulado Green or blue spaces? Assessment of the effectiveness and costs to mitigate the urban heat island in a Latin American city, foi publicado esta semana em Theoretical and Applied Climatology. Guilherme descreve a eficiência e custos de implantar um lago artificial ou uma zona arborizada para combater as elevadas temperaturas urbanas, e conclui que a arborização é mais eficiente do que um corpo de água.
Além disso, a implantação de uma área de vegetação de 5.000 m² custaria R$ 23 mil, enquanto um lago artificial com a mesma área custaria R$ 240 mil.
Guilherme contou com a ajuda do Corpo de Bombeiros para instalar uma rede de sensores de temperatura na área de estudo, incluindo o Lago Igapó 2.