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Publicado em set 3, 2015 em Destaques, Notícias, Ver tudo

O tóxico caminho para o trabalho


De acordo com o “California Air Resources Board” embora os Americanos passem apenas 6% do dia no trânsito se locomovendo de casa para o trabalho, é nesse período que a população respira mais da metade da dose diária de partículas ultrafinas (com diâmetro menor que 100 nm). Um estudo semelhante realizado em Londrina pela estudante de Engenharia Ambiental Thais Caporal mostra que as estimativas na cidade são bastante próximas daqueles realizadas nos EUA. Thais estudou um grupo de voluntários utilizando aparelhos portáteis para medir poluição atmosférica e estimou que eles passam entre 4 e 12% do dia no trânsito, o que corresponde a um período entre 1 e 3 horas. Embora relativamente curto, esse período é suficiente para que as pessoas respirem mais de 50 µg/m3 de black carbon (ou fuligem, no idioma português) –um poluente altamente tóxico emitido pela queima de combustíveis fósseis, como o diesel e gasolina.

A partir desses números alarmantes, o Grupo de Poluição do Ar e Processos Atmosféricos está realizando uma segunda fase do estudo na cidade de Londrina que contempla a caracterização da poluição do ar em ambientes dominados por transporte motorizado. O estudo é liderado por Woodrow Pattinson, Doutor em Ciências Ambientais pela Canterbury University (Nova Zelândia) e Prof. Admir Créso Targino, Doutor em Meteorologia e Oceanografia pela Stockhokm University (Suécia).

Além do black carbon, Dr. Pattinson está medindo as concentrações de ozônio, quantidade de partículas em suspensão na atmosfera, composto orgânicos voláteis incluindo o benzeno, tolueno, etilbenzeno e xilenos (BTEX), entre outros.

Esse estudo é financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), e representa um esforço multidisciplinar envolvendo estudantes de iniciação científica, mestrado e especialistas na área de poluição do ar.

Dr. Woodrow Pattinson é Pós-Doutorando no Grupo de Poluição do Ar e Processos Atmosféricos e beneficiário de prêmio de Pesquisador Jovens Talentos do CNPq. Thais Caporal é atualmente estudante no programa Ciências Sem Fronteiras da University of Birmingham, Reino Unido.

 
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